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plataforma "cidade que queremos"

G galdino Public Seen by 227

o coletivo do rio está sendo convidado a participar do lançamento da plataforma e precisamos tirar um posicionamento para dar uma resposta.

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seguem dois documentos:

CARTA DE CRIAÇÃO - PELA CIDADE QUE QUEREMOS
RUMO ÀS ELEIÇÕES DE 2016

O Rio de Janeiro é muitos. São muitas realidades, territórios, desejos, sonoridades, culturas, demandas e também muitas indignações. Queremos e podemos criar uma plataforma comum que nos permita atuar juntos, para somar as forças, multiplicar os afetos, nos colocar em ressonância uns com os outros. O Brasil experimenta um momento muito especial de renovação e nós queremos fazer parte dele lado a lado com plataformas parceiras noutras cidades, como em Belo Horizonte, São Paulo e São Gonçalo.

O mundo mudou, o Brasil mudou. As últimas décadas foram de mudanças profundas e duradouras. Hoje podemos nos organizar não só nas ruas e bairros, como também nas redes e mídias sociais. Podemos conversar com pessoas de bairros distantes, de diferentes setores da sociedade, de outras cidades, de outros países e do mundo como um todo. Sentimos o movimento mundial como um imediato, que contagia e nos serve de referência: na Espanha do Barcelona em Comum, na Grécia do Syriza, no Parque Gezi na Turquia, na Bolívia dos coletivos indígenas, no México, no Chile, na jornada de resistência dos refugiados.

No Rio de Janeiro, não foi diferente nos últimos anos, com vários episódios marcantes da história da cidade num curto período, como as mobilizações dos garis, bombeiros, professores, estudantes, camelôs, movimento negro, LGBT, pela moradia, pelo transporte, por renda, saúde, educação, contra a corrupção, contra remoções de comunidades, despejos e o aumento do custo de vida que nos empurram para longe de onde moramos.

Ainda assim, a cidade do Rio de Janeiro continua sendo de poucos. A velha política representativa impera, seus negócios sujos e partidos de aluguel. Puro atraso que é falta de democracia. Os poucos são sempre os mesmos, ano após ano, ocupando as posições de poder na esfera pública ou privada, nos governos ou nas grandes empresas. Dois lados da mesma moeda, do mesmo comitê de administração dos interesses dos donos da cidade. Pelas costas da população, esses poucos têm sido responsáveis por governos autoritários e corruptos que provocam o caos, a corrupção e a violência do cotidiano, a vergonha do noticiário, as notícias amargas, a dor do intolerável que nós não podemos aceitar.

Tudo isso apesar da incansável vontade que nos move todos os dias para superar os obstáculos, para seguir tentando por outras vias. Quanta valentia nessa luta de cada um por sobrevivência e melhoria de vida, o peso do mundo nos nossos ombros, nós que enfrentamos essa realidade de cabeça erguida. Precisamos nos apoiar nessa força e dignidade de tanta gente, trazê-las para as plataformas mais democráticas e inovadoras. Fazer outra política. Uma política do comum para uma cidade mais alegre, solidária e de paz.

Porque não temos medo da política. A maioria dos políticos e sindicatos que está aí não nos representa. Não podemos deixar a política na mão deles. Temos as ferramentas para agir. Queremos olhar para a frente e propor, afirmar, construir uma alternativa real e viável para a cidade, para além das falsas polarizações. Uma cidade verdadeiramente de muitos feita pelos muitos já é a grande inovação. Uma política para mandar obedecendo, onde os caminhos só se conhecem ao caminhar. A mais rica experiência depende da tentativa sincera e desprendida de encarar os riscos e se lançar numa busca coletiva.

A história mostra como feitos extraordinários somente podem ser realizados coletivamente, por pessoas que fazem da energia de seu protesto e sua indignação uma oportunidade para fazer diferente, organizando-se. Propomos assim uma organização de novo tipo, pela plataforma Cidade que Queremos, uma confluência para os experimentos que já existem e os que existirão, voltada à eleição municipal de 2016. O velho mundo está morrendo enquanto um novo está nascendo. Nós respiramos no meio. Temos a chance de experimentar intensamente este momento histórico.

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Rio de Janeiro, 1º/10/2015.

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/25.10.15, domingo
//Arcos da Lapa, no pátio de concreto diante dos arcos
> estratégias e táticas para OCUPAR A ELEIÇÃO DE 2016
> organização da plataforma digital
> organização dos próximos fóruns e encontros

CIDADE QUE QUEREMOS RIO DE JANEIRO é uma movimentação de confluência de grupos, coletivos, movimentos e pessoas em geral, criada para fortalecer campanhas cidadãs e autônomas para as eleições municipais de outubro de 2016. Fazemos isso não somente porque desejamos uma cidade diferente, mais democrática, mais alegre e de paz, mas porque estamos indignados com os políticos e partidos existentes, que trabalham para si mesmos e para os poucos que mandam nas políticas e negócios. Eles não nos representam. Vivemos um momento singular de renovação local, nacional e mundial e decidimos participar intensamente da mudança, sem ter medo de fazer uma intervenção também nas eleições. Para isso, vamos organizar eventos, encontros, debates, articulações e uma plataforma digital, de maneira que cada um possa contribuir em pé de igualdade, uma plataforma de MUITOS para realmente fazer outra política, aberta, colaborativa e comum. Queremos aprender com iniciativas em andamento noutros lugares, como as plataformas municipalistas da Espanha do Barcelona em Comum e Agora Madrid, a coalizão do Syriza na Grécia, o movimento #YoSoy132 no México, a confluência MUIT*S de Belo Horizonte, entre outras. A verdadeira novidade é uma cidade de muitos feita pelos muitos, para além das velhas estruturas, uma tendência que já vem se formando nas emergências dos últimos anos, em movimentações de novo tipo: garis, professores, bombeiros, estudantes, trabalhadores e profissionais de várias áreas, o levante de junho-outubro de 2013, o movimento da moradia em geral, dos camelôs, das mídias alternativas, das associações cidadãs, do ativismo online, em suma, todos os cidadãos que vivem a realidade dos problemas do Rio de Janeiro e querem contribuir diretamente numa gestão da cidade melhor do que essa corrupta, autoritária e limitada a poucos que vigora hoje.

G

galdino Mon 26 Oct 2015 4:24AM

a resposta dada por todas as pessoas que responderam foi: podemos ir lá acompanhar mas sem compromisso com mais nada. isso foi repassado para uma das pessoas organizando o evento e aparecemos na lista de convidado/as. eu e kannon fomos lá acompanhar o negócio como prometemos. nada demais. e não fomos falar pelo partido, apenas participamos de umas conversas. não consigo entender onde estaria a "queimação de filme". inclusive fomos muito bem recebidos lá. outros eventos parecidos ocorrerão e mais gente pode participar se for interessante pro coletivo (e aí o kannon pode fazer um relato melhor do que eu que cheguei depois).

RGD

Renato Gonzalez De Medeiros Junior Mon 26 Oct 2015 5:56PM

Se é assim sim.

Pelo que eu estava entendendo não havia sido dada nenhuma resposta para um convite oficial, por isso a preocupação.

Gratidão pelas informações.