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educação no programa pirata atual

CSP Coordenação Sul Partido Pirata Public Seen by 254

“11. Educação
Piratas entendem que a educação é direito fundamental de toda e qualquer pessoa. Acreditamos que é papel do governo assegurar uma educação pública, gratuita e que siga padrões indispensáveis de qualidade. A prática educacional deve assegurar a autonomia individual frente ao ensino formal. O investimento na produção de materiais educacionais abertos deve ser uma diretriz das políticas educacionais e deve considerar as diferenças regionais. Experiências como a não-serialização do ensino, o uso de alternativas a sistemas de avaliação e a livre construção de grades e horários de aula para assegurar a pontencialidade individual, são defendidas por Piratas, incluindo a participação de estudantes no processo.
Defendemos o investimento em tecnologias educacionais e de ensino à distância como estratégias de inovação da educação tradicional e propulsores de iniciativas de Educação Aberta.
O uso e difusão de ferramentas e ambientes virtuais de aprendizado livres e abertos devem ser instituídos como política pública. Nós Piratas reforçamos a equivalência entre as modalidades de ensino presencial e à distância, tanto no mercado de trabalho quanto nos espaços de decisão e deliberação das universidades e das entidades representativas de estudantes. Da mesma forma, defendemos a difusão do ensino técnico em centros de excelência em ciência e tecnologia, ao passo que se assegure a efetiva integração entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades. Independentemente da opção por uma formação mais técnica ou acadêmica, defendemos o fortalecimento das instituições de ensino às necessidades sociais.
Defendemos a valorização da carreira docente em todos os níveis de ensino, público ou privado, carga horária de trabalho compatível com a função e a garantia de cumprimento de pisos salariais.
Defendemos também que a assistência estudantil deve ser tratada como um direito e não como benefício. As ações inclusivas ou afirmativas no campo educacional devem ser defendidas como políticas sociais.
Tendo a convicção de que educação vai para muito além dos limites das instituições educacionais, defendemos a experimentação de processos de ensino-aprendizagem descentralizados e livres. Nós Piratas apoiamos a difusão de Hacklabs e Hackerspaces e outras iniciativas similares enquanto meios colaborativos e experimentais de aprendizagem e promoção de conhecimento.
No ensino formal, acreditamos que as instituições de ensino básico, técnico e superior devem incorporar inovações na forma como se constituem e operam. Defendemos a democratização das instituições de ensino, com participação plena dos corpos docente, discente e técnico-administrativo em seus planejamentos. Nas universidades e respectivos órgãos de fomento, defendemos eleição de dirigentes e composição dos órgãos colegiados a partir do voto paritário de docentes, estudantes e pessoas que trabalham no setor técnico-administrativo.
Por fim, afirmamos a necessidade de debater projetos que objetivam federalizar a educação.”

EL

Eduardo Lima Fri 3 Apr 2015 3:38PM

Vamos mover a roda

EL

Eduardo Lima Sat 4 Apr 2015 1:13PM

Alguns tópicos que poderíamos debater durante o ano. Se alguem quiser aumentar fique a vontade. é somente um pontapé inicial
1-Politicas publicas.
2-Formação docente.
3-Currículo
4-Democratização
5-Investimentos
6-Demandas dos discentes
7-Escola e comunidade
8-Novas tecnologias.

EL

Eduardo Lima Mon 13 Apr 2015 10:09PM

Estou formatando um texto para iniciar os debates a partir dos textos do partido no Brasil e no mundo. Acredito que até a próxima semana estaremos com o indice para debatermos ponto a ponto com todos que queiram participar. Por enquanto quem tem ajudado são os piratas da noroeste paulista. Nesse grupo pra definir os passos inciais contamos com professores dos tres niveis educacionais, alunos e trabalhadores da área. Contamos com todos

EL

Eduardo Lima Mon 13 Apr 2015 10:10PM

a base será esse texto mesmo postado incicialmente. estamos cruzando dados dos partidos piratas do mundo inteiro para anexar nas propostas para serem debatidas. Vai dar um certo trabalho mas valerá a pena

FD

Fernando Delabio Fri 10 Jul 2015 8:27PM

Neste texto do programa eu discordo veementemente da eleição paritária para dirigentes, não faz sentido estipular valores desiguais para o peso do voto, e também a eliminação da comunidade externa, financiadora das universidades, deste processo.

FHA

Fabio Henrique Amaral Mon 13 Jul 2015 11:06PM

Uma questão que para mim vem ganhando importância, é a necessidade de que a Educação brasileira tenha um conselho profissional (como CREA, CRM ou OAB). Com um conselho profissional da educação teríamos respaldo quanto a modificações na legislação de ensino, diminuindo a interferência de órgãos legislativos que não possuem condições técnicas para discutir. Poderíamos concretizar a aplicação de um piso nacional, bem como ampliar a possibilidade de federalização da educação básica. Também poderia haver a padronização nas formações e sistemas de ensino, sem interferências externas. Acredito que o partido poderia discutir essa questão, e talvez torná-la uma bandeira.

DU

max (a)rcano33 Tue 14 Jul 2015 3:49AM

não saco mt disso @fernandodelabio pode explicar mais?
boa @fabiohenriqueamara !

FD

Fernando Delabio Tue 14 Jul 2015 6:13AM

@maxarcano33 o conceito de paridade é baseado na divisão da universidade em 3 setores: docentes, discentes e agentes universitários. Cada um desses setores tem o direito a 1 voto que pode ser proporcional à quantidade de pessoas aptas a votar ou à quantidade de votantes, de modo simplificado quando proporcional à quantidade de pessoas aptas a votar cada pessoa vale uma fração expressa por 1 sobre o número de pessoas aptas a votar no setor o qual ela pertence, quando proporcional à quantidade de votantes a fração é expressa por 1 sobre o número de votantes do setor ao qual pertence. Seria o equivalente a estratificar as eleições para cargos eletivos da administação pública, todas as pessoas com curso superior valem 1, todas as pessoas com ensino médio completo valem 1 e as demais pessoas valem 1, não existe mais o sufrágio universal aonde cada pessoa vale 1 voto, agora é paritário, cada setor vale 1 voto, obviamente os setores mais numerosos ficarão esquecidos, pois o voto de pessoas de setores diferentes tem pesos diferentes. Na minha opinião isso foi uma aberração que deixaram passar no programa.

Um documento bem legal foi produzido na UFSC em uma discussão de um GT tirado no Conselho Universitário para discutir a democracia naquela instituição, tem bastante conteúdo no blog deles (https://gtdemocracianaufsc.wordpress.com/) e também o relatório final.

Na "paridade" (1/1/1) e na disparidade (geralmente 70/15/15), ambos os sistemas que fazem distinção de quem são os donos e mandam nas universidades públicas a comunidade externa, pessoas que não estudam em nem trabalham na universidade, mas que a financia pagando impostos, são excluídas do processo decisório, tem, geralmente, 1 cadeira nos conselhos superiores, contra centenas de cadeiras para professores e algumas para discentes e agentes universitários(as).

Para os conselhos superiores a paridade é interessante pois são parte da administração, então divide-se igualmente as cadeiras entre estudantes, agentes universitários(as) e docentes, cada qual tem suas particularidades e suas necessidades, sendo assim é aceitável que na administração sejam igualadas as cadeiras, no modelo atual esse é o ápice da democracia nas IES, obviamente no futuro poderemos e deveremos propor ideias mais ousadas, mas no momento é melhor que temos, apenas sugeriria colocar a comunidade externa como uma quarta parte. Na escolha de cargos eletivos essa mesma divisão não é interessante, pois ao invés de equalizar as diferentes necessidades, apenas reforçam o poder de um segmento sobre os demais.