Loomio
Tue 17 Mar 2015 7:16PM

Reforma Política

MT M Toledo Public Seen by 42

Já passou da hora de iniciarmos nosso debate sobre a reforma política e apresentar publicamente.

[UPDATE]
Tópico sobre ANTI CAMPANHA 2016

B

Barney Tue 17 Mar 2015 10:18PM

@marcosbezerradelim meu único porém com votos distritais é a forma que se divide distritos, o que pode fazer (muita) diferença nas eleições

LS

Leonardo Sampaio Wed 18 Mar 2015 2:14AM

Na disputa "voto distrital vs. voto por lista" (para deputados e vereadores) penso que temos 2 cenários distintos a analisar.
Cenário 1: partido pirata começando as atividades, teremos pouca representação individual, porém somando todos os votos de legenda poderemos obter representação significativa.
Cenário 2: partido pirata daqui a alguns anos, nossos candidatos começarão a despontar individualmente, então teremos chance de combater com os fortes sem depender da legenda.
Um fator comum a ambos os cenários: partidos têm menos peso no sistema distrital. Indivíduos, em contrapartida, terão peso maior. Ao meu ver, isso dá margem à manutenção de políticos que possuem poder de mídia e redes políticas consolidadas, enquanto limita a entrada de pessoas novas, que não sejam detentores de poder, na política.
Penso também que não devemos escolher o que seja mais vantajoso para o partido pirata, seja a curto ou longo prazo, mas sim o que seja mais vantajoso para o país.
Com base nessa análise, penso ser mais afim aos piratas a ideia de voto em lista do que voto distrital.
Mas ainda teria que pensar a respeito do embate seguinte: voto proporcional vs. voto em lista. O povo escolhe os representantes, ou o povo escolhe o partido e o partido escolhe os representantes. Penso ser mais democrático o povo escolher diretamente os representantes.

DU

Fabiane K Bogdanovicz Wed 18 Mar 2015 2:18AM

gostei das colocações do @danprazeres , especialmente as quanto à democracia direta.
sobre o voto distrital, eu tenho o pé atrás, mas ainda preciso me aprofundar mais sobre esse tema antes de opinar.

PF

Paulo Fanti Thu 19 Mar 2015 11:50PM

Eleição por voto direto;
Fim do Coeficiente Partidario;
Fim do Voto Obrigatorio;
Diminuir quantidade de Senadores
Diminuir quantidade de Deputados Federais
Quantidade de Deputados Estaduais proporcional a população do estado

D

DanPrazeres Fri 20 Mar 2015 2:05AM

Fanti, como assim eleição por voto direto? Acho que o fim do coeficiente partidário (que na prática seria o distritão) iria para o oposto da gente.

Ah, fim de idade mínima para qualquer cargo (principalmente senado). E sugeriria uma polêmica: Fim do Senado. (eu não lembro bem os motivos pelos quais eu sempre fui contra o senado, mas acho que vou lembrar)

LS

Luis Soeiro Fri 20 Mar 2015 2:34AM

@mtoledo Excelente tópico, parabéns!

Gostaria de acrescentar mais alguns temas para o nosso debate. Nem todos são estritamente sobre a reforma política, mas estão relacionados:

1) O recall, talvez nos moldes de outros países da América Latina: caso um bloco consiga juntar um número X de assinaturas após um percentual Y do mandato do chefe do poder, é criado um referendo para saber se a população concorda ou não com a continuidade do governo. Caso não concorde, o presidente cai. Talvez até expandir para membros do legislativo e de outras esferas.

2) Fim do fundo partidário. Na prática, se algum partido quiser existir os seus filiados é que tem que bancá-lo. Atenção: não é fim do financiamento público de campanha, apenas da grana que o governo dá aos partidos.

3) Uma proposta que exclui a 2. Tudo bem, o governo dá uma grana aos partidos, mas não paga nem mais um centavo. Hoje, dentro da Câmara, a população paga por gabinetes de parlamentares, de partidos, de lideranças de partidos, de blocos, etc. Além disso, a proporcionalidade (x gabinetes por y% parlamentares da sigla na Cãmara) não é respeitada hoje. Os Caciques de sempre sempre arrumam um jeitinho de continuar com seus gabinetes mesmo perdendo parlamentares.

4) Redução do número de deputados de 513 para 350 e mudança no cálculo da proporcionalidade representativa por unidade da federação. Hoje é no mínimo 8 e no máximo 70 deputados. O mínimo viraria 2 e não haveria o máximo (haja visto que a Câmara é para representar a população). Hoje existe o projeto megalomaníaco da Câmara de construir um novo complexo de prédios, incluindo shopping e salas comerciais, ao custo já estimado de R$ 1 bilhão. Motivo: alegação de que não tem espaço no plenário. Na verdade, o plenário tem espaço para 400 parlamentares sentados, mais alguns na mesa diretora. 350 deputados e 51 senadores caberiam muito bem no plenário, mesmo no caso de sessão conjunta com 100% de participação das duas casas (Senado e Câmara). Hoje, com 513 deputados e 81 senadores vemos problemas de lugar cheio apenas em eventos muito especiais. Normalmente os parlamentares nem ocupam todas as cadeiras, pois preferem ficar de pé.

5) Redução da verba de gabinete, do número de pessoas sem concurso público (hoje é 100% dentro de gabinetes de parlamentares e quase 100% dentro de gabinetes de lideranças de partidos) e do número total de pessoas por gabinete. Se o partido quiser mais gente ajudando, que pague local e funcionários, como era na época em que a capital funcionava no Rio de Janeiro.

6) Redução do número de senadores de 3 para 2 por Estado.

7) Essa é mais difícil, porém muito mais interessante: a criação do Deputado Brasileiro (ou ** Deputado Virtual*). Seria apenas um **deputado virtual*, onde todas as decisões fossem votadas diretamente pela população. Teria todas as prerrogativas de um Deputado Federal normal: propor projetos de lei, fazer discursos no plenário, etc. O Deputado Brasileiro participaria de todas as votações na Câmara e todos as demais atividades de um parlamentar, com uma diferença: o seu voto sempre teria um peso diretamente relacionado ao quórum de discussões alcançado entre os brasileiros para aquela votação. O peso poderia ser de no mínimo 1 parlamentar e de no máximo 1/3 do número de deputados federais. Além disso, precisaria de uma plataforma de deliberação (tal como o e-democracia da Câmara, turbinado com o Loomio, por exemplo). Na prática o sistema funcionaria assim: para todas as matérias em trâmite haveria uma discussão virtual, incluindo votações para cada votação que houvesse agendada para o plenário. Na hora da votação em plenário, o peso do Deputado Brasileiro seria proporcional ao calculado pelo quórum de votação (tipo no Loomio) e ajustado segundo o mínimo e o máximo. Se menos de 1% dos brasileiros cadastrados não votarem, o voto teria peso 1 (igual a exatamente 1 deputado). Se 50% dos brasileiros cadastrados votarem, o voto teria 50% do peso máximo, no caso peso 85 (total de parlamentares=513, total máximo do peso = 1/3 * 513 = 171, 50% de brasileiros garante peso de 50% do máximo 171 * 50% = 85). Se 100% dos brasileiros cadastrados votarem, o voto teria peso 100% do máximo, ou seja, valeria como se fosse 171 deputados (total de parlamentares=513, total máximo do peso = 1/3 * 513 = 171).

A ideia do item 7 está toscamente explicada, mas vou elaborar com mais calma depois. Os valores para o peso máximo (a quantos parlamentares equivale) , bem como se pode participar de comissões, etc, são detalhes para depois. Outra ideia seria aplicar o mesmo conceito para a esfera municipal e estadual também, mas com um peso ajustado. O processo de implantação também poderia ser progressivo, com o peso máximo aumentando com o passar dos anos. O próprio presidente da Câmara, ou um outro deputado qualquer seria o responsável por ler o voto do Deputado Brasileiro, que ele lê no sistema. Também seria responsável por ler os discursos que foram debatidos pelo sistema. Em relação à representatividade, seria apenas na Câmara dos Deputados, para preservar o sistema bicameral. Os Estados continuariam sendo representados pelo Senado.

PF

Paulo Fanti Fri 20 Mar 2015 3:30PM

O Voto "direto" atual não é justo, primeiro tem que entender as contas, por favor veja o link :

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quociente_eleitoral

.... então ...
Após os dois cálculos, chega-se ao número de cadeiras por partido. São considerados eleitos os primeiros candidatos de cada partido ou coligação.

Como as vagas são divididas pelos partidos ou coligações, nem sempre os candidatos que recebem mais votos acabam eleitos. Se o candidato estiver em uma chapa com muitos candidatos bem votados é possível que ele não consiga se eleger mesmo tendo mais votos do que adversários de outros partidos ou coligações que conquistam vagas devido à configuração interna de suas chapas.

Exemplo do Famoso jargão ... Puxadores de voto

Com a divisão feita por partidos, algumas legendas focam suas campanhas nos chamados “puxadores de voto”. Eles recebem este nome porque conseguem muitos votos e ajudam a eleger companheiros de partido ou coligação na hora da divisão das vagas.

Exemplos de eleições anteriores mostram essas situações. Em 2002, por exemplo, Enéas Carneiro conquistou 1,5 milhão de votos na eleição para deputado federal em São Paulo e levou para a Câmara outros quatro deputados do Prona. O último eleito do Prona naquela ocasião recebeu 382 votos. Em outras chapas no estado, candidatos que alcançaram mais de 100 mil votos não conseguiram se eleger devido à concorrência interna .

Atualmente o "cara" é o Tiririca ...

http://acritica.uol.com.br/noticias/Puxadores-candidatos-conseguem-eleger-legenda_0_1132086784.html

Eu luto para acabar com isso ... ahoy !!!
P.S.: Eu sou a favor do parlamentarismo.

D

DanPrazeres Fri 20 Mar 2015 3:53PM

Mas aí não vai aumentar o personalismo na política?
Por exemplo, nós piratas nunca conseguiríamos eleger alguém pela tática de redes, de valorização do local e da base, pois teria que se focar a atenção em uma candidatura em específico.
Sem contar o quanto tempo que demoraríamos para conseguir desbancar caciques locais

PF

Paulo Fanti Fri 20 Mar 2015 6:04PM

Minha resposta é Sim. Personalizar candidatos atribui mais responsabilidades as suas idéias.
O Partido Pirata vai eleger os candidatos a partir da seleção natural de idéias apresentadas aos eleitores, por isso, o mais importante é apoiar a todos ate que naturalmente os lideres aparecem.
Sobre os caciques , vamos discutir tomando umas , vou mostrar algumas idéias ( além do "personalismo") de como podemos fazer para os caciques virarem mitologia ... Ahoy !!!

MAS

Marcos Aurélio Silva de Souza Fri 20 Mar 2015 11:05PM

Parte da vagas dos deputados ser preenchida por eleição nacional. O eleitor votaria duas vezes pra deputado federal, uma no candidato no estado e outra no candidato nacional, com isso a possibilidade de representação dos deputados que atuam em temas nacionais seria contemplada. Candidato dos piratas pra os direitos autorais por exemplo.

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