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LS Leonardo Sampaio Public Seen by 160

(tópico migrado do grupo antigo)
Olá protetores! Como vamos começar nossas atividades? Tenho algumas sugestões:
1) Precisamos elaborar regimento interno, planejamento e escolher articuladorx pra regularizar o GS dentro do Partido Pirata
2) Precisamos aprimorar nosso programa
3) Precisamos colocar os direitos animais como cláusula pétrea no estatuto (assim nunca mais poderá ser retirado, exceto dissolvendo o Partido)
4) Precisamos legitimar o GS Direitos Animais para que toda questão relativa passe por ele. Por exemplo, se alguém quiser alterar o programa, acho que o texto deveria passar pela aprovação do GSDA, mas não sei se o estatuto prevê algo assim.

Alguém tem outros tópicos pra incluir em pauta?
O que acham melhor? Fazer uma coisa de cada vez, ou podemos escolher alguns itens e nos dedicar a eles em paralelo?
Iniciado 1 mês atrás por Leonardo Sampaio

Fabiane K Bogdanovicz
Bom, o item 1 é exigência estatutária, então precisa ser realizado o mais breve possível. Mas penso que precisamos esperar pra ver se vai ter mais gente no GS para decidirmos isso. Talvez pensar um prazo para realização do item 1, enquanto avançamos no item 2.
O item 3 não tem como ser feito nada antes da próxima ANAPIRATA, que será em 2016. Penso que se aprofundarmos bastante as discussões, poderemos ter elementos para defender o item 3, que será uma consequência do nosso trabalho - se este for bem feito.

WG

Wellington Gonçalves Mon 16 Mar 2015 5:37PM

Sobre o ponto 4 ''Precisamos legitimar o GS Direitos Animais para que toda questão relativa passe por ele. Por exemplo, se alguém quiser alterar o programa, acho que o texto deveria passar pela aprovação do GSDA, mas não sei se o estatuto prevê algo assim.'' Creio que TODA alteração no programa deve ser decidida colaborativamente...sem necessidade de passar por grupo específico que dará validade pra mudança.Isso iria atrapalhar a ''fluidez'' do Partido,em relação a debates e mudanças no programa.

WG

Wellington Gonçalves Mon 16 Mar 2015 5:49PM

Sobre o ponto 3 ''Precisamos colocar os direitos animais como cláusula pétrea no estatuto (assim nunca mais poderá ser retirado, exceto dissolvendo o Partido)''.
A definição de ''Direitos dos Animais'' é meio difusa,mas vou considerar que essa definição,no caso,seja compatível com a definição de que animais e humanos possuem igual nível de consciência,portanto,matar animais sob qualquer justificativa ou mesmo pra alimentação seria considerado Imoral (o que a militância Vegana diz ser Combate ao Especismo).Se o invidíduo discorda dessa definição e mostrar por A +B que essa definição,que no seu entender é equivocada,através de argumentação e referências que seriam postas em debate para a análise de outros membros,ele seria ''impedido'' de propor mudança ou questionar esse ponto,por ser uma Clausula Patrea,e iria ser ''mandado pra prancha''.Ou também,se tivesse uma discussão sobre uma PL de algum deputado pirata no Congresso que causaria em consequente ''fechamento imediato de laboratório de pesquisas de medicamentos por fazerem pesquisas com cachorros,como naquele caso da Royal e dos Beagles e fechamento de laboratórios que fazem pesquisas neurológicas com macacos'',qualquer um que questionasse essa PL,iria violar imediatamente uma Clausula Patrea e,por esse motivo,poderia ter sua critica imediatamente ''impedida'' e ''poderia ser mandado pra prancha''....acho que,por causa desses possíveis problemas,colocar isso como Clausula patrea poderia causar ''Limpeza Ideológica''.Excesso clausulas patreas causa a inevitável consequência de ''perda de diversidade ideológica''
Creio que é um ponto a se pensar.

WG

Wellington Gonçalves Mon 16 Mar 2015 5:56PM

Tenho a convicção que deveria haver fiscalização da população civil (o que inclui outros cientistas) e militância quanto ao cumprimento de laboratórios de pesquisa do Código de Ética estabelecido na Academia Científica.Usar o Congresso para propor uma consequente alteração do Código de Ética,sem revisão dos cientistas e membros da Academia responsável por pesquisas com animais acharia um erro.Quem altera o Código de Ética são os Acadêmicos,e não os políticos

LS

Leonardo Sampaio Tue 17 Mar 2015 12:20AM

Acho que não é uma questão a ser levada apenas para o GSDA mas em toda a estrutura do Partido: os grupos setoriais devem sim ter peso na decisão de alteração de pontos do programa cujos temas sejam de sua área de atuação e responsabilidade. Senão estaríamos jogando fora o conhecimento produzido pelos especialistas do partido.

Quanto à colocar a defesa dos direitos animais como cláusula pétrea: isso seria a forma ideal de proteger os direitos animais no âmbito de nosso partido, logo é nessa direção que o GSDA deve e vai se posicionar. Seus argumentos e sugestão de não requerer a inclusão da cláusula pétrea apenas tiram o GSDA do seu caminho natural - a defesa dos direitos animais - e na prática abre espaço para que um dia o Partido Pirata deixe de defender os direitos animais. O que não podemos permitir.
Isso não quer dizer que o Partido Pirata não seja aberto ao diálogo. Se alguém quer propor em congresso algo que vá contra nosso programa, e denunciar um erro em nosso programa, ele deve trazer a discussão para os Piratas e apresentar sua tese, para o coletivo então discutir e chegar a um acordo. Aqui ninguém impede críticas. Só vai pra prancha quem trai o partido (age contra o que decidimos coletivamente), e não quem questiona.
Quanto a código de ética, pode me citar onde podemos pesquisar o que dizem os atuais códigos de ética que tangenciam os animais e direitos animais?

LS

Leonardo Sampaio Tue 17 Mar 2015 2:08AM

As cláusulas pétreas não são tão detalhadas quanto o programa. Não fala nada sobre o que entendemos por "direitos animais" e a abrangência disso. É um conceito que muda com o passar do tempo e evolui. Nenhum conceito é estanque. Fazer questionamentos sobre as cláusulas pétreas não é passível de prancha, e sim passível de melhorar nosso programa. Isso é análogo ao que se dá com as outras cláusulas pétreas. Por exemplo, temos uma cláusula pétrea que defende a transparência, e outra que defende a privacidade. É no programa que vai se detalhar o que se entende por cada um, a abrangência de cada, e de que forma elas não se contradizem. Ninguém vai pra prancha por questionar.

WG

Wellington Gonçalves Tue 17 Mar 2015 4:38AM

Eu precisa tirar um dúvida antes rsrsrs
Sobre a GSDA,o que é ,na prática ? É um fórum de debate,tipo isso aqui,onde todo mundo opina e posta coisas e tem igual poder de voto e decisão ou é um grupo de especialistas escolhidos especificamente pra aquele cargo do Grupo Setorial,onde eles teriam o poder de decidir o que pode mudar e o que não pode,depois de analisar os debates ? Não entendi como funcionaria a parada,direito...

LS

Leonardo Sampaio Tue 17 Mar 2015 5:12AM

GSDA é um grupo com objetivo de aprofundar debates e proporcionar embasamento para a defesa dos direitos animais, no âmbito do Partido Pirata. Para mais informações sobre funcionamento de GS´s eu sugiro ler o estatuto. O GSDA ainda está em formação. Por enquanto estamos simplesmente tecendo debates, mas assim que estiver devidamente constituído, será formado oficialmente por 3 ou mais piratas interessados na defesa dos direitos animais, enquanto teremos também grupo público com qualquer quantidade de participantes que podem contribuir mas não terão direito a voto, e que não precisarão necessariamente ser filiados ao Partido Pirata.

WG

Wellington Gonçalves Tue 17 Mar 2015 4:25PM

Sobre ''Direitos dos Animais'' ser clausula Patrea....se for entendido que ''comer carne de animais viola os direitos dos animais'',o Partido Pirata deveria se empenhar pra combater o consumo de carne e seu comércio,na Sociedade e no país ?

DU

Fabiane K Bogdanovicz Tue 17 Mar 2015 6:22PM

Wellington, sobre a questão do Código de Ética... O que nós temos atualmente nos Conselhos de Ética é uma esmagadora maioria de membros da instituição, que geralmente fazem uso de animais em suas pesquisas, e uma única pessoa representante de uma única entidade de defesa dos Direitos Animais. Pela experiência que tivemos na universidade estadual aqui da minha cidade, essa pessoa sempre será voto vencido, pois o resto do comitê vai defender seus pares na realização e no prosseguimento de suas pesquisas. Aqui, as entidades de defesa dos animais cansaram se lutar sozinhas em lugares onde são esmagadas, e optaram por se retirar dos comitês de ética, onde sempre, sempre, sempre, serão voto vencido.
Assim, concordo que os membros da Academia devem participar de uma revisão desse tipo de legislação, pelo mesmo princípio de que toda pessoa deve participar de uma decisão que a envolva. Mas é uma questão de interesse público, portanto não cabe apenas aos pesquisadores decidirem isso, de forma corporativista. Todos nós que estamos na Academia sabemos muito bem dos investimentos em pesquisas, e que esse assunto é também uma briga por grana! Muitas práticas com animais na Academia são anti-éticas, e não tem para quem reclamar, pois as pessoas dos comitês são as próprias pessoas que fazem essas pesquisas. Estou falando por experiência própria, por anos de luta que as entidades de defesa dos direitos animais (uma das quais eu faço parte) aqui da minha cidade têm travado. Os pesquisadores não colocam em primeiro lugar o interesse dos sujeitos de pesquisa, especialmente quando esses sujeitos não podem reclamar sobre isso.

DU

Fabiane K Bogdanovicz Tue 17 Mar 2015 6:27PM

Sobre a questão de comer carne, isso JÁ consta no programa, das seguintes formas:

"Defendemos a promoção e a adoção de alternativas alimentares não apenas por razões de saúde, de respeito a práticas tradicionais e à diversidade cultural, de redução do impacto ambiental, mas também no sentido de preservar a vida e a dignidade animal. Nesse sentido, propomos a redução dos impostos sobre a produção e comercialização de alimentos orgânicos, vegetarianos e veganos, a adoção de programas educacionais que informem sobre o espectro de escolhas nutricionais a disposição das crianças e jovens, a conscientização sobre a existência e viabilidade de dietas alternativas, em especial o vegetarianismo e veganismo e, com o objetivo de divulgar e popularizar essas alternativas, a implantação de um dia por semana sem carne nos cardápios de escolas públicas. Defendemos a adoção de exigências legais mais rígidas para que haja o máximo de transparência nas informações encontradas em embalagens sobre os insumos, ingredientes e processos de fabricação utilizados na produção dos itens de consumo que façam uso de animais em qualquer uma de suas etapas."

"Alternativas alimentares devem ser promovidas não apenas como respeito à diversidade e ao multiculturalismo, mas também para ajudar a reduzir as monoculturas e os impactos da produção animal. Propomos a redução dos impostos sobre a produção e comercialização de alimentos orgânicos e/ou vegetarianos, a fim de promover a melhoria da saúde e a redução da pressão pela expansão da fronteira agrícola e pelo desmatamento de florestas nativas."

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