É possível um movimento estudantil pirata?

um caminho tradicional seria pela criação de um setor de juventude no partido, algo que não me parece necessário. acho que precisamos de campanhas voltadas para o setor discente para que essas pessoas venham construir o partido (principalmente as não-universitárias), para aí sim podermos pensar em como proceder da melhor forma.

uma boa forma de atuação das pessoas associadas que estão em ambientes estudantis seria lutar para garantir a independência e autonomia de entidades representativas como defendemos no caso dos sindicatos. eu faço parte da associação de pós-graduandos da ufrj, por exemplo, junto com pessoas de outros partidos e independentes, mas sempre (desde que começamos a nos dedicar a essa entidade) prezamos pela submissão da entidade aos interesses das pessoas discentes e não aos interesses de partido x ou y com representantes lá dentro, como infelizmente não acontece em outras entidades.

Não acho interessante criar uma "JPIRATAS", mas acho que seria interessante elaborar "diretrizes" de atuação, pautas específicas, que sejam a base do PIRATAS no movimento estudantil. Aqui nas entidades e instâncias da representação estudantil tento prezar pela descentralização e pelo poder de decisão das pessoas afetadas pelas decisões. Nas entidades através da autogestão e nas instâncias através da divulgação das pautas e de assembleias quando o tema é de amplo interesse discente. Ainda é difícil fazer estudantes pensarem em algo que não esteja enquadrado pelo modo produtivista, ainda mais quando os cursos estão no CCE, mas se ninguém se contrapor e colocar outras ideias em prática nada mudará.