Loomio
Tue 21 Nov 2017 9:06AM

Como nos referimos ao modelo de língua?

EMQ Eliseu Mera Quintas Public Seen by 459
MRT

M Rios Torre Thu 23 Nov 2017 12:01PM

Olá minhas!
Entendo estarmos já
hoje numa época em que, fazer didática comunicativa e de socialização para um
galego convergente com o português, precisa atualizar as estratégias comunicativas para o mundo escolar e da aprendizagem
em geral, introduzindo novos itens lexicais que facilitem a neutralização
de preconceitos isolacionistas tantos.

É por isso que, sem
abandonar expressões tão lógicas e rigorosas como Galego Internacional, Galego-Português, Galego Reintegrado...,
compre ativar mais algumas como a de, eis a minha proposição, GALEGO sem LIMITES.

GsL, e uma locução que, entendo eu, trivializa o potencial do galego
para se achegar ao mundo extra-autonómico, fugindo de brigas académicas várias.

Estamos no tempo de
achegar, diria que mesmo com urgência, a
aprendizagem do galego convergente às escolas e aos licéus com o envolvimento
consciente não apenas d@s docentes de línguas mas também de tod@s aqueles que
lecionam qualquer outra matéria curricular, seja científica, desportiva, técnica
ou humanística. São horas de abrir estes trilhos desde a atividade da AGAL.

JMV

Jesus Manuel Valcárcel Fri 24 Nov 2017 10:20AM

O debate polariza-se ao redor de dois eixos: a identidade do idioma e o seu nome. Quanto à identidade do idioma, para o meu parecer, não há dúvidas: trata-se de “galego-português”. Quanto à denominação, é um assunto de imagem corporativa, de mercadotecnia, merchandising… e não há nenhuma denominação neutra (exenta de perigos).
O “galego internacional” chama-se, no resto do mundo, português. Se o português (ou o castelhano, etc.) se auto adjetiva “internacional” não passa nada porque, de facto, o português é um idioma internacional (fala-se nos cinco continentes). Agora bem, o título “andalú internacional” ou “paraguayo internacional” para denominar, respetivamente, o espanhol de Andaluzia ou de Paraguai (onde, por certo, o guaraní é maioritário) esses nomes resultam pintorescos no resto da comunidade hispânica (apesar das suas evidentes particularidades que, como ocorre com o galego a respeito do português padrão, sem dúvida têm). Por igual, a denominação “galego internacional” choca em Valença do Minho porque, ao final, estamos a falar de galego-português (para eles “português”).
Uma opção seria “galego-português (internacional)”, que não esconde o que somos e preserva o adjetivo (internacional), tão importante na Galiza. Acho bem “galego internacional”, como rótulo de entrada, mas em meios científicos e cultos penso que é preferível falar de “galego-português”.

XDG

Xurxo do Galheiro Fri 24 Nov 2017 3:41PM

Hai-che modas que nom sobrevivem nem um dia, por isso: Galego-português.

R

[email protected] Fri 24 Nov 2017 4:06PM

GALEGO REINTEGRADO LUSÓFONO
“Não há pior cego do que não quer ver…………”.
Onde, desde sempre, nossa lingua continuou evoluindo (no espaço-tempo)de jeito expontâneo,natural ….NORMALIZADO E NORMATIVIZADO (sem interferencias imperiais) é dizer a Lusofonia ( acreditan-se sobre uns 250 milhons de interlocutores NA NOSSA LINGUA) .
Outro assunto è o Castrapo.Invento fraudulento de política lingüística que foi criado “ex novo”. UMA LINGUA a partires das mil e uma FALAS (relictus deturpados ) por motivos “mágicos-crenciais-politicos segundo o” Informe Filgueira-Fraga” ( no século XlX o Sr.Pasteur já tinha deixado craro o da generação expontânea).
O que “ clama ao céu “ é que “inteletuais “ de todo o espetro político e do pensamento( os que o povo “da arraia miuda” considera como “estudados”; polas mil e uma prevendas,carguinhos,postos de trabalho,publicaçons varias (em jornais,revistas, editoras….),diretamente dinheiro .Abjuraram do seu compromiso ético-histórico -inteletual – da própria moral pessoal Kantiana;pasando-se a súbditos do Poder estabelecido (por um prato…de moédas). Desolador ¡.

APF

Alberto Paz Félix Fri 24 Nov 2017 5:59PM

Decidi escrever cá o motivo da minha resposta, já que o limite de letras dá-me pouco com o que trabalhar. Acho que pela minha opção ser minoritária, vejo-me obrigado a defendê-la. Não vou criticar as demais opções, pois considero todas ótimas salvo a expressão "Galego AGAL", que daria a entender que a AGAL e SÓ a AGAL é reintegracionista, e que o resto da sociedade galega deve ou bem unir-se a nós ou ignorar-nos. E acho que já sabemos qual seria a resposta da maioria.

Já sei que a minha escolha é pouco popular, e muita gente não gosta desta expressão pois deixa a entender que Portugal foi o lugar de nascimento do idioma e o resto dependemos deste país. Porém, quem entrar em Google e pesquisar "Dicionário português" dar-se-á de conta do grande número de bandeiras brasileiras que aparecem em dicionários duma língua que supostamente deveria ter Portugal como o seu único centro. Apesar de o idioma ser chamado "Português", a grande maioria da comunidade internacional (bem, a comunidade internacional que sabe que existe um idioma chamado português) sabe que ainda que o nome fale de Portugal, é um idioma policêntrico. Prova disto é o facto dos países da lusofonia continuarem a chamar os seus idiomas de "Português" ainda que se separaram de Portugal. Mesmo na Internet os brasileiros põem orgulhosamente nos seus vídeos "PT-BR". Por que não pode ser "PT-GZ/GAL"? Português da Galiza é uma expressão que nos põe a pé de igualdade com o Português de Portugal (que já não seria chamado de "europeu" por ambíguo), o Português do Brasil, o Português de Angola, o Português de Moçambique, o Português de Cabo Verde, o Português de São Tomé, o Português de Guiné-Bissau e o Português de Timor-Leste.

Então, se o nome "Português" já dá a entender que é um idioma com muitas variedades, rico em diversidade e que não só se fala em Portugal, para que vamos a mudar a terminologia? Vendo os comentários postos no resto da secção, a maioria da gente está a optar por duplas escolhas. A mais popular é: Galego internacional quando falamos na Galiza, no resto da lusofonia Galego-português. Nesse caso:
Se eu falar com um galego, dir-lhe-ei que o meu idioma é o Galego internacional.
Se eu falar com um português, dir-lhe-ei que o meu idioma é o Galego-português.
Se eu falar com um inglês, devo dizer-lhe que eu falo "português", pois este é o único nome com o que se conhece à nossa língua no mundo inteiro.
E todo este caos de termos tem exatamente qual função?

Como já disse, não tenho nada em contra do resto de termos cá assinalados, mas eu considero que "Português da Galiza" é o nome que ajudará mais
à nossa língua se integrar com o resto da Lusofonia da maneira mais rápida e simples.

MP

Miguel Penas Sat 25 Nov 2017 11:33AM

concordo em grande parte com o exposto por @albertopazfelix mas eu entendi que a pergunta estava referida a 'Como nos referimos ao modelo de língua?' do ponto de vista dos objectivos da AGAL e de socializar a proposta na Galiza e por isso votei em 'galego internacional' e 'galego-português'... não teria sentido perguntar como se chama a nossa língua, por exemplo, porque tal e como explica Alberto no caso do galego pode ter diferentes nomes dependendo do contexto...

BF

Belém Fontal Sat 25 Nov 2017 11:51AM

Galego internacional é a opção que menos conflito cria mas eu acho que já há que deixar-se de meias tintas. Há que incidir em que o galego é português são o mesmo idioma.

MP

Miguel Penas Sat 25 Nov 2017 10:47AM

A pergunta é "Como nos referimos ao modelo de língua?" por isso os meus votos são 'galego internacional' e/ou 'galego-português'... posto que coincidem com os dous eixos que acho devemos potenciar desde a AGAL no debate sobre a língua na Galiza.

Os eixos da identidade e da utilidade, ambos são compatíveis e mesmo complementares. Ao pensar nisto lembrei um artiguinho, escrito há 7 anos já, e publicado no Novas da Galiza nº94 que se intitulava I+U+i e no que escrevia "Porque aqui está a chave,inovar, I+U+i, Identidade e Utilidade mais inovaçom. Porque temos que inovar, atualizar estratégias e discursos, mas sempre sabendo de onde vimos e sobretodo para onde queremos ir. A inovaçom mais importante que se poderia fazer nas estratégias de impulso e recuperaçom do galego é optar decididamente pola via de convergência com o resto da Lusofonia". Isto foi escrito em Setembro de 2010 e penso que vamos avançando nessa linha, sem negar o passado e construindo futuro: galego, português e internacional.

MP

Miguel Penas Sat 25 Nov 2017 11:45AM

outra questão seria como deve constar a nossa língua nos textos legais galegos, por exemplo no Estatuto de Autonomia, onde acho que deveria aparecer uma expressão indicasse a internacionalidade da nossa língua, como proposta acrescentaria um ponto 2. no artigo 5 que deixasse o enunciado nalguma cousa semelhante a isto:

ARTIGO 5.

1. A língua própria de Galiza é o galego.

2. O galego é reconhecido internacionalmente com o nome de português.

ou outras fórmulas como 2. A denominação internacional do galego é português ou 2. O galego é português, nome de uso comum no ámbito internacional ... ai já seria um trabalho para os juristas, para que garantissem a melhor denominação legal para a nossa língua no sentido de garantir que o galego é português e a inversa que o português é galego

BF

Belém Fontal Sat 25 Nov 2017 11:20AM

Concordo com o exposto por Alberto Paz Félix.

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